terça-feira, novembro 30, 2004

Zangam-se as comadres


É pública a polémica que envolveu a nomeação deste Governo e a nossa blogoesfera é um terreno no qual esse descontentamento é por demais manifestado. Confesso que não faço parte desse grupo porque defendo, e sempre defendi, que a estabilidade governativa é fundamental para o desenvolvimento do pais. Esta estabilidade não deve ser conseguida a todo o custo mas, a realidade com que o Dr. Jorge Sampaio se deparou aquando da tomada dessa decisão, não era nem de perto nem de longe, uma situação limite.

Perante esta realidade incumbia a Pedro Santana Lopes provar a todos aqueles que discordaram da sua nomeação que estavam errados. Independentemente das politicas que adoptasse tinha a obrigação de manter uma imagem de estabilidade, preservando-se a si e ao Presidente.

Ora, o que aconteceu foi exactamente o contrário. PSL permite um conjunto de quesilias, amuos e uma grande descordenação do seu Governo e assim vem dar razão áqueles que sempre foram contra a sua nomeação. O episódio "Henrique Chaves", santanista convicto, amigo pessoal e colega de escritório, é uma situação que deve merecer a nossa melhor atenção. Quando sao os amigos a fazer criticas daquela natureza, alguma coisa está muito mal.

sábado, novembro 27, 2004

Agora é sempre a cair


A vida politica do PCP, nos ultimos 15/20 anos, tem sido muito complicada. Caiu o Muro de Berlim, os paises do bloco de leste e o partido nunca se soube actualizar face a estes importantes acontecimentos. São famosos os percalços pelos quais o partido tem passado e sempre acompanhados por resultados eleitorais muito negativos (que só eles é que não admitem).
Agora, na altura de proceder à eleição (se é que posso chamar tal acto de eleição) do novo secretário-geral, o PCP apresenta como opção Gerónimo de Sousa, e isto vem revelar que a politica do partido continua tão acertada como tem sido nas ultimas décadas.
Tal como Salazar, que eles sempre detestaram, estão cada vez mais "orgulhosamente sós".

quinta-feira, novembro 25, 2004

Refresh

Considerando a minha prolongada ausência das lides, fiz um apanhado de todos os temas sobre os quais me apeteceu fazer um post, e não fiz. A Saber:

1. Por causa do referendo sobre a constituição europeia (em letra pequena), foi proposta uma pergunta que preenche todos os requisitos que uma pergunta desta natureza não deve ter. Será que ninguém viu isto ou, como afirmam certas fracções da nossa sociedade, o Governo quer fomentar a abstenção neste referendo?
Eu não acredito nisso. Julgo que foi só mais uma demonstração de incompetência.

2. Não sou fumador mas conheço muito boa gente que é, e sempre defendi que tanto uns têm o direito de não fumar como outros têm o direito de o fazer. Importa, pois, conciliar estas posições e respeitar os direitos individuais de cada um.
Isto é muito bonito de se dizer mas a prática tem-me criado uma certa revolta esta "ditadura do fumador". Eles fumam quando querem, onde querem e os outros (os fumadores passivos) se estão mal que se mudem. Porra, poucas coisas me enervam mais que estar a almoçar num qualquer restaurante e começar a ser "bombardeado" com o fumo de alguém que está numa mesa própria e que já acabou a sua refeição. Ora, como dizem que fumar depois de comer dá muito prazer, finda a refeição lá estão eles a puxar do seu cigarro. Se tirassem macacos do nariz incomodavam-me menos.

3. Canas de Senhorim. Que dizer daquelas alminhas? Querem ser concelho? Querem lutar por isso? Por mim tudo bem, mas isso não lhes dá o direito de fazerem o que muito bem entendem e, se porventura, colocam em causa a ordem pública, portanto, acho correcto que enviassem para lá as forças policiais necessárias a repor a ordem. Achei curioso aqueles que, perante a intervenção da policia, diziam que tínhamos “voltado aos tempos de Salazar” ou “estávamos num Estado de direito”.
Efectivamente estamos num Estado de direito, um direito colectivo e não individual e que não se deve vergar perante interesses particulares. Por outro lado, se isto funcionasse à moda de Salazar, eles não tinham tido a possibilidade, e quiçá a coragem, de sequer manifestar as suas vontades. Portanto, dispensam-se os disparates.

4. Mário Soares, do alto da sua infindável sapiência, veio dizer que Portugal está perto da revolta popular, o que não acontecia desde o 25 de Abril de 1974. Parece que este senhor se esqueceu do PREC ou dos tempos em que era agredido na Marinha Grande. Esta intervenção só vem reforçar a ideia que muitos de nós temos sobre ele. Definitivamente, ele está senil.

terça-feira, novembro 23, 2004

Deve ser a retoma

O trabalho ultimamente tem sido tanto que não tenho dado a devida atenção a este blog. Pelo vistos a tão falada retoma está a chegar (nem que seja a retoma do trabalho em grande quantidade).

Prometo vir mandar uns bitaites na primeira oportunidade.

domingo, novembro 14, 2004

Ai, se fosse ao contrário


Imaginemos que um qualquer cidadão do mundo, dito, ocidental se dirigia para um pais islamico e por qualquer motivo, fosse ele fútil ou não, resolvia matar um homem porque assim o entendeu. Imaginemos que o esfaqueava, baleava e degolava (por esta ordem). Quais seriam as consequências que daqui podiam advir? Estariam todos os outros "ocidentais" a salvo da fúria da população? Haveriam consequências em termos diplomáticos? Em quantas partes seria cortado o assassino?

Foi isto que aconteceu na Holanda só que ao contrário. Van Gogh, realizador de cinema holandês, por ter feito um filme que retrata a vida das mulheres muçulmanas foi assassinado pela forma acima descrita, numa rua do seu pais. Entretanto já alguém pegou fogo a uma mesquita lá do burgo.

Quem conhece a Europa central sabe que nestes paises existe uma tensão racial crescente que só tende a aumentar com este tipo de actos. Seria bom que os emigrantes (sejam eles de onde forem) deixasse os seus hábitos ancestrais "em casa" e não levassem este tipo de comportamentos para os seus paises de acolhimento. Se nós levarmos o nosso comportamento quotidiano para "casa deles", no mínimo, ainda nos cortam qualquer coisa.

Começo a estar farto desta postura. 15 anos depois de Salman Rushdie, estes senhores continuam a condenar à morte quem lhes apetece e a cumprir essa sentença com a maior naturalidade porque, para eles, a vida humana é qualquer coisa de insignificante.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Parece a URSS


Esta história em torno do estado de saúde (se é que ele ainda a tem) de Arafat já começa a meter nojo. Qual o seu verdadeiro estado clinico? O homem ainda está vivo ou já morreu? Julgo que, pelas funções que desempenha, estas questões têm de ser clarificadas perante a opinião pública. Afinal de contas ele é o lider do povo palestiniano e todos os seus seguidores ou não (eu estou no 2.º grupo) têm o direito de saber o que se passa com ele.

De outro modo, parece que voltamos aos tempos da antiga URSS em que os lideres morriam mas o Kremlin dizia que eles estavam doentes, passado uma semana pioravam um pouco mais, e só comunicavam a sua morte quando o fedor do corpo em decomposição era tal que não se podia estar na Praça Vermelha.

Será que o Arafat irá ter o mesmo fim?

quinta-feira, novembro 04, 2004

Sem comentários


terça-feira, novembro 02, 2004

É hoje


Os americanos vão hoje às urnas para escolher o seu próximo Presidente. Espero que desta vez ganhe aquele que, efectivamente, tenha mais votos e que o povo americano nos prove que não é tão burro como nós pensamos.

E que não ganhe o Bush.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Super Dragões


As claques de futebol organizadas têm criado alguns dos principais problemas que têm surgido no futebol português. Se por um lado posso entender o seu papel como apoio das equipas (especialmente quando jogam fora do seu terreno), também é verdade que muitas vezes o seu comportamento é, no minímo, reprovável. E este comportamento tem tendência a ser directamente proporcional à dimensão da própria claque.Por outro lado, as direcções dos clubes tendem a compactuar com estes comportamentos porque, muitas vezes, o relacionamento entre ambas são pouco transparentes e existem interesses instalados que não podem ser questionados.


Apesar de não existirem inocentes nestas histórias, hoje vou-me centrar unicamente nos Super Dragões. Desde há muito que o seu comportamento não é bom (quem não se lembra do que faziam aos comboios e às estações de serviço quando viajavam para sul?) mas esta claque, ao contrário do que aconteceu pontualmente com as claques do SCP e do SLB, sempre teve todo o apoio da direcção do FCP, com especial enfâse no seu Presidente.Ora, quando as coisa correm bem é só amores, beijinhos, cantigas e outras tretas tais, mas o pior é quando as coisas começam a correr mal. Antigamente, nestas circunstâncias ai-se para os treinos e chamava-se nomes aos jogadores, agora esperam-se no aeroporto, insultam-se, perseguem-se e até se ameaçam de morte (depois do Mourinho, isto está-se a tornar hábito lá para os lados dos Super Dragões).

Mas quem é que estes gajos pensam que são para agirem desta maneira? Resposta: os melhores do mundo porque o FCP continua a apoiá-los e perantes estes factos nada diz (e eles falam por tudo e por nada). Se um dia acabarem por matar alguém eu quero ver a quem serão atribuidas as responsabilidades.E a continuarem agir deste modo, isso vai acabar por ser inevitável. E nessa altura se o Pinto da Costa colocar lá a namorada para ser escoltada pelos Super Dragões e pelo guarda Abel, eles não só lhe "comem" a namorada como ainda "comem" o guarda Abel.
E o pior é se ela gosta.