domingo, dezembro 10, 2006

Nem vitima, nem burra

Neste pais qualquer bosta escreve um livro e o mais estranho é que quanto mais mal este cheira mais vende. Agora é a vez da Sr.ª D. Carolina Salgado, aquela que há uns tempos era uma puta para uns e uma santa para outros e agora é uma vitima para os primeiros e uma vaca para os segundos, demonstrar os seus dotes literários.

O nivel da senhora extrai-se das temáticas abordadas na sua obra. Podia falar da sua vida com Pinto da Costa, das viagens, das polémicas e das vigarices, agora entrar nos meandros da intimidade acho uma putaria, mas desconfio que essa será uma área que não lhe é estranha. É óbvio que que a curiosidade nos faz querer saber como é que um homem como Pinto da Costa se move naquilo que nos diz respeito: na sua profissão, as suas trafulhices, etc. Agora, quero lá eu saber se o homem se peida ou se come macacos do nariz. Eu não gosto nada dele mas não quero saber disso para nada. Mas ela faz questão de falar dessas coisas, além de demonstrar um sentido de humor tipico de qualquer antro de chungaria.

Só conheço passagens do livro mas recuso-me a comprá-lo. Essa senhora, da minha parte, não recebe um cêntimo. Agora, acredito que ele tem todas as condições para se tornar um best seller nacional. Aliás, já vi pessoas que não devem ler mais nada senão o "Crime", "Tal & Qual" ou "Gaiola Aberta" com o livro debaixo do braço. E quem é que ganha com isso? A Carolina. Ganhou quando começou a andar com o Jorge Nuno e ganha agora a queimar o Jorge Nuno. Ela ganha sempre. Comigo não.

Uma palavra final para os benfiquistas (como o grotesco Barbas) que, em plena sessão de autografos no Fórum Almada gritavam entusiasticamente "Carolina, Carolina": esta é a mulher que um dia foi a vossa casa escoltada pelos Super Dragões, esticou-vos o dedo e chamou-vos "filhos da puta". Não sejam estupidos. Lembrem-se que se o Jorge Nuno não tem dispensado os seus serviços ela, ainda hoje, cuspia na vossa cara.

Já foi tarde

Pode parecer mal dizer isto sobre um homem que acaba de morrer, mas que se lixe: Pinochet morreu e o mundo ficou melhor. Não é pelo facto de ter vivido até aos 91 anos e ter passado os ultimos doente e sob prisão domiciliária que me faz sensibilizar em relação à personagem. Ditadores sanguinários não fazem falta.

Já foi tarde.

sábado, dezembro 09, 2006

Deixar-me de merdas

Ultimamente tem sido muito dificil dar cumprimento aquilo que assumi quando criei o Ácido: não cair facilmente na tentação de o deixar acabar. O final de ano para mim é sempre muito tramado em termos de trabalho, logo, algo tem de ser deixado para trás. Este ano foi o Ácido.

Num acesso determinado, ou ensonado pelo adiantado da hora, decidi que tinha de escrever algo e desde já obrigar-me a dar continuidade logo de seguida: agora não vou parar. Se o tempo não for muito faço posts de 3 linhas, só para deixar ideias. E têm sido tantas aquelas que tenho tido mas que não tenho colocado aqui.

Do Governo à oposição, das greves ao aborto, do Sporting ao Benfica, dos russos aos chineses, da UE ao médio oriente, do Brasil aos EUA, muito poderia já ter escrito mas não o fiz e por isso me condeno.

A partir de hoje o Ácido vai voltar a opinar com a regularidade que fazia anteriormente. Eu prometo (espero que não me aconteça o mesmo que ao Sócrates).