quinta-feira, dezembro 23, 2004

Feliz Natal


Um grande Natal são os meus sinceros desejos a toda a blogoesfera, com especial incidência naqueles que ao longo do ano visitaram o Ácido e todos os autores dos blogs por onde costumo navegar.

BOAS FESTAS

Para os mal comportados


A todos aqueles que se portaram mal este ano (alguns foram os principais protagonistas da nossa blogoesfera), só me resta desejar que melhorem o seu comportamento ou desapareçam da nossa vista.

Não é paradoxal?

No mesmo dia em que promulgou os diplomas que dissolvem a Assembleia da República e marca a data das eleições antecipadas, Jorge Sampaio promulgou, também, o Orçamento de Estado para o ano de 2005.

Isto não soa mal? Não existe um paradoxo entre estes actos? Será que sou só eu que estou a ver mal ou existe aqui uma medida politica que visa, unica e exclusivamente, ficar bem com Deus e com o Diabo?

Estou cada vez mais convencido que o Presidente não tem uma ideia coerente e objectiva dos seus poderes enquanto tal.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Emigrava já!


O Pinto da Costa foi recebido pelo Presidente do Governo Regional da Madeira e na cordial troca de galhardetes disse algo que me arrepiou. O Alberto João Jardim deveria ser Presidente da Républica para que fizesse por toda a nação a obra que tem feito na Madeira.

Perante este cenário hipotético, dei por mim a pensar no Governo de Portugal: Se o Alberto João era Presidente, o Pinto da Costa era 1.º Ministro, o Major Valentim Loureiro era Ministro de Estado e da Defesa, Xico Louçã Ministro das Finanças, Isaltino Morais Ministro da Economia, Vale e Azevedo Ministro da Justiça, Fátima Felgueiras Ministra da Administração Interna, Luis Filipe Meneses Ministro da Educação, Pinto de Sousa Ministro do Desporto, Odete Santos Ministra da Saúde e, a cereja em cima do bolo, Carlos Candal como Presidente da Assembleia da República.

Só de pensar que isto podia ser realidade, apetece-me emigrar. Nem que seja para o Sudão.

Sede de poder


Numa altura em que as nossas contas públicas ainda não estão regularizadas, em que a UE vai fazendo avisos (ainda) discretos aos Paises que não vão cumprir o PEC, em que o Governador do Banco de Portugal (socialista distinto) vai avisando que é necessário conter a despesa pública e incrementar a despesa, o PS e o seu demagogo lider vai prometendo facilidades atrás de facilidades, não aumentar os impostos, acabar com algumas portagens, etc.(estamos bem entregues, estamos, já não chegava o Santana).

A sede do poder tem destas coisas. Só que ainda não nos explicou como é que vai fazer esse número de magia, ou seja, aumentar a despesa através do investimento público, diminuir as receitas e cumprir o PEC. Sejamos sérios. O Eng. Sócrates sabe que vai ser o próximo PM, logo deveria assumir uma postura responsável e arranjar soluções concretas que resolvam este, e outros, problemas. Mas não. Na sua linha vazia de ideias, promete mundos e fundos e quando chegar ao poder logo se vê, ou seja, já está a enganar os portugueses.

Já agora convinha que não se rodeasse de todo o núcleo duro guterrista pois estes já demonstraram a sua capacidade para governar, ou seja, nem sequer lhes posso dar o benefício da dúvida. Com o risco deles se pirarem se as coisas correrem mal.

Exemplo a seguir


Não considero que o Brasil seja um exemplo a seguir seja a que nível for mas hoje fui surpreendido com uma noticia que dignifica o Governo que a toma. Com o intuito de fazer face à falta de hábitos de leitura dos brasileiros, o Governo resolveu isentar de impostos a produção e comercialização de livros.

Ora, aqui está um exemplo que deveria ser seguido deste lado do Atlântico. Apesar de crêr que existe um crescente hábito de leitura entre os portugueses (e não estou a falar só d"A Bola" ou do "Record"), ou pelo menos vê-se mais pessoas a ler nos transportes públicos ou nos cafés. Mas ainda não basta. O livro continua a ser encarado como um objecto "de luxo" e o seu preço médio rondará os 15€/20€, sendo que uma boa parte dessa quantia seja para o Estado. Talvez seja altura deste abdicar desse dinheiro em prol da culturização dos portugueses.
Vai dai, talvez o Estado não pretenda que os portugueses fiquem mais inteligentes sob pena de atirar ao mar toda a classe politica que temos.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Incoerência

Esta situação já me começa a chatear. Já manifestei o meu apoio à decisão do PR em dissolver a AR mas, agora pergunto, em que é que estamos? É ponto assente que vamos para eleições antecipadas mas já alguém se dignou a nos dizer alguma coisa? Onde está o PR? Não deveria fazer uma comunicação ao país? Explicar as suas decisões? Ou estará à espera de marcar o dia das eleições para nos dizer qualquer coisa?

E já agora, que lógica impera quando o Governo que perde a confiança politica do PR mesmo assim tem poder para fazer aprovar o orçamento de estado? Não servem para governar mas podem propor e fazer aprovar um OE que, eventualmente, não será executado por eles? Onde está a lógica? Ainda por cima se o PS ganhar as próximas eleições poderá responsabilizar este Governo por alguns dos seus erros porque o OE não será deles. E com razão.

Pois é Senhor Presidente, pela incoerência que tem demonstrado nos últimos dias, a sua conduta deixa um pouco a desejar, e quem vai pagar a factura por isso será o povo português.

O atentado de Camarate



“Camarate foi um atentado”, diz a ultima comissão constituída para analisar o que se passou naquela fatídica noite de 4 de Dezembro de 1980. “Qual é a dúvida” digo eu?

Por tudo que já se fez ao longo destes 20 anos, qualquer analise mais seria dos factos só podem concluir pela tese de atentado. Todo o resto é tentar “mandar areia para os olhos” dos portugueses e tentar criar dúvidas no espíritos daqueles que nada mais querem do que saber a verdade. Mas a verdade é só uma: Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e todos aqueles que estavam dentro daquele Cessna foram assassinados e só a implicação directa de pessoas que foram, ou ainda são, relevantes na vida politica e/ou militar deste país explica que até hoje ainda não se tenha, sequer, tentado fazer justiça. Enquanto esta situação assim se mantiver não me sinto à vontade para gozar com os americanos que acreditam que Lee Oswald (o assassino de JFK) agiu sozinho. Nós temos Camarate.

P.S. Leiam o livro “Camarate” de Augusto Cid na versão não censurada, com mais de 1000 páginas (sim, porque nos anos oitenta (?!) o livro foi censurado e começou a ser publicada uma versão mais pequena com 300/400 páginas. Porquê?)

quarta-feira, dezembro 01, 2004

O Presidente teve sempre razão


O Presidente teve razão em empossar este Governo há 4 meses atrás. Fê-lo na convicção, a meu ver correcta, que o estado do pais requeria uma estabilidade politica que tinha todas as condições para ocorrer. Hoje, e em face de tudo o que aconteceu entretanto, de todo o defraudar de expectativas que houvesse face à actuação do Governo de Pedro Santana Lopes, nada mais restou a Jorge Sampaio senão dissolver a Assembleia da Républica e convocar eleições antecipadas.

O Presidente cumpriu, ao contrário do que alegam os seus ex-amigos, o seu papel com o devido distânciamente e em função da salvaguarda de interesses maiores (nacionais) e não de interesses politicos e particulares. Perante a actuação de PSL e seus pares, o Presidente entendeu, mais uma vez bem, proceder à dissolução da Assembleia da República.

Vir, hoje, dizer que se perdeu tempo e que já deveria ter convocados eleições anteriormente é pura demagogia porque nenhum de nós saberia da aptidão de PSL para ser PM. Hoje já sabemos: é nula.

Definitivamente, o homem que se diz discípulo de Sá Carneiro (presumo que este ultimo lhe terá apertado a mão um dia) nada aprendeu com o "mestre", e graças a ele (PSL) o PSD não cumprirá o maior sonho de Sá Carneiro nos próximos 10 anos.