domingo, dezembro 10, 2006

Nem vitima, nem burra

Neste pais qualquer bosta escreve um livro e o mais estranho é que quanto mais mal este cheira mais vende. Agora é a vez da Sr.ª D. Carolina Salgado, aquela que há uns tempos era uma puta para uns e uma santa para outros e agora é uma vitima para os primeiros e uma vaca para os segundos, demonstrar os seus dotes literários.

O nivel da senhora extrai-se das temáticas abordadas na sua obra. Podia falar da sua vida com Pinto da Costa, das viagens, das polémicas e das vigarices, agora entrar nos meandros da intimidade acho uma putaria, mas desconfio que essa será uma área que não lhe é estranha. É óbvio que que a curiosidade nos faz querer saber como é que um homem como Pinto da Costa se move naquilo que nos diz respeito: na sua profissão, as suas trafulhices, etc. Agora, quero lá eu saber se o homem se peida ou se come macacos do nariz. Eu não gosto nada dele mas não quero saber disso para nada. Mas ela faz questão de falar dessas coisas, além de demonstrar um sentido de humor tipico de qualquer antro de chungaria.

Só conheço passagens do livro mas recuso-me a comprá-lo. Essa senhora, da minha parte, não recebe um cêntimo. Agora, acredito que ele tem todas as condições para se tornar um best seller nacional. Aliás, já vi pessoas que não devem ler mais nada senão o "Crime", "Tal & Qual" ou "Gaiola Aberta" com o livro debaixo do braço. E quem é que ganha com isso? A Carolina. Ganhou quando começou a andar com o Jorge Nuno e ganha agora a queimar o Jorge Nuno. Ela ganha sempre. Comigo não.

Uma palavra final para os benfiquistas (como o grotesco Barbas) que, em plena sessão de autografos no Fórum Almada gritavam entusiasticamente "Carolina, Carolina": esta é a mulher que um dia foi a vossa casa escoltada pelos Super Dragões, esticou-vos o dedo e chamou-vos "filhos da puta". Não sejam estupidos. Lembrem-se que se o Jorge Nuno não tem dispensado os seus serviços ela, ainda hoje, cuspia na vossa cara.

Já foi tarde

Pode parecer mal dizer isto sobre um homem que acaba de morrer, mas que se lixe: Pinochet morreu e o mundo ficou melhor. Não é pelo facto de ter vivido até aos 91 anos e ter passado os ultimos doente e sob prisão domiciliária que me faz sensibilizar em relação à personagem. Ditadores sanguinários não fazem falta.

Já foi tarde.

sábado, dezembro 09, 2006

Deixar-me de merdas

Ultimamente tem sido muito dificil dar cumprimento aquilo que assumi quando criei o Ácido: não cair facilmente na tentação de o deixar acabar. O final de ano para mim é sempre muito tramado em termos de trabalho, logo, algo tem de ser deixado para trás. Este ano foi o Ácido.

Num acesso determinado, ou ensonado pelo adiantado da hora, decidi que tinha de escrever algo e desde já obrigar-me a dar continuidade logo de seguida: agora não vou parar. Se o tempo não for muito faço posts de 3 linhas, só para deixar ideias. E têm sido tantas aquelas que tenho tido mas que não tenho colocado aqui.

Do Governo à oposição, das greves ao aborto, do Sporting ao Benfica, dos russos aos chineses, da UE ao médio oriente, do Brasil aos EUA, muito poderia já ter escrito mas não o fiz e por isso me condeno.

A partir de hoje o Ácido vai voltar a opinar com a regularidade que fazia anteriormente. Eu prometo (espero que não me aconteça o mesmo que ao Sócrates).

quinta-feira, novembro 16, 2006

Não morri

Apesar das grandes convulsões que vão acontecendo no pais e no mundo, e apesar da minha vontade em vir aqui opiniar sobre elas, isso não tem sido possivel.
Conto regressar em breve.

terça-feira, setembro 19, 2006

Raio que os parta

Já começo a estar farto dos auto-proclamados defensores do Islão e das suas fitas. Fazem-se cartoons e vêm todos para a rua pegar fogo a bandeiras de países ocidentais e a bonecos que, alegadamente, representam dirigentes desses paises. Exigem desculpas. O Papa faz uma citação e vêm todos, novamente, para a rua pegar fogo a bandeiras e a bonecos. Exigem desculpas.

Raio que os parta. Estou farto da sensibilidade dos meninos. Quando sonegam direitos às mulheres, amputam ou condenam à morte por apedrejamento criminosos não são assim tão sensíveis. Quando toca à religião nada nem ninguém lhes pode dizer nada, e o mais triste é que há muitas pessoas no ocidente que tem essa especial atenção. Raio que os parta a eles também.

A questão não é meramente religiosa. Trata-se de respeito e tolerância. Não é o Papa que faltou ao respeito, são estes senhores que querem tratar os outros povos como tratam os seus concidadãos, ou seja, sem direitos de opinião e acima de tudo sem liberdade. Ora, nós, os outros povos, não temos de admitir isso. Quando os muçulmanos vêm para países ocidentais, trazem consigo a sua cultura e costumes, alguns dos quais muitos inusuais para os nossos hábitos mas não é por isso que a liberdade individual deles é restringida. Porem, se nós vamos para a grande maioria dos países muçulmanos é bom que nos adaptemos rapidamente aos seus hábitos sob pena de sofrermos dissabores. E isto acontece porque eles não têm tolerância para com ninguém, e essa ausência de tolerância que querem impor aos povos ocidentais quando agem com esta agressividade.

Eu aconselhava-os a ler bem os seus livros religiosos, nomeadamente o Alcorão, para descobrirem que afinal os grandes ofensores da sua religião são eles próprios.

terça-feira, setembro 05, 2006

Freddie Mercury

Se Freddie Mercury fosse vivo faria hoje 60 anos. Não que eu seja um grande fã de Queen mas, tal como a grande maioria da minha geração, pelo menos gosto de muitas das musicas que eles fizeram e Queen, em bom rigor, era Freddie Mercury.

Ele era o expoente máximo de uma geração que surgiu nos anos 70, incluia p.e. David Bowie, Elton John ou Rod Stewart, que criaram personagens dúbios, ambiguos mas mais que bons musicos, eram verdadeiros artistas de palco. A maioria das bandas que surgem hoje em dia adoptam uma de três posturas: ou são melancólicos e parece que estão a morrer no palco, ou optam por um excesso descontrolado de euforia e barulho que nada mais é do que isso, euforia e barulho. Os outros têm um comportamento simplesmente normal.

Freddie Mercury era diferente, cada actuação dos Queen era um espectaculo que transcendia a mera actuação de uma banda ao vivo e que, para além das grandes performances de Brian May na guitarra, possibilitavam ao público o direito de ver a actuação de um dos maiores (há quem diga que o maior) artistas de palco de todos os tempos: Freddie Mercury.

Foi essa sua natureza muito própria, cheia de excessos, que também transmitia para a sua vida particular, que levou à sua morte prematura e permitiu cultivar ainda mais a imagem do mito. Hoje faria 60 anos e eu não quis deixar de recordar.

quarta-feira, agosto 23, 2006

O conflito no médio oriente

Estou há muito tempo para postar sobre este tema mas a complexidade do mesmo levou-me a adiar esta questão. Até hoje.

Não vou defender posições de uma parte ou outra nem discutir quem são os bons e quem são os maus desta historia. Mais não seja porque não acredito que isso seja assim tão líquido.

Tenho lido um pouco por todo lado varias posições de apoio a uma das fracções (curiosamente muitas são mais contra uma parte que de apoio à outra), tenho aprendido muito com discussões historicas sobre aquela área do planeta e até sobre a legitimidade da existência do Estado de Israel e/ou da Palestina.

Porque não quero fazer uma longa exposição sobre as minhas opiniões, vou deixar-vos, de forma estanque, as minhas ideias base sobre este conflito para que possam entender a minha posição:

1. Hoje não se discute, nem se pode discutir, a legitimidade da existência dos Estados de Israel ou da Palestina. Existem e ponto final.
2. O presente conflito foi despoletado pelo Hezbollah quando decidiu entrar em território israelita e raptar soldados.
3. A reacção israelita terá sido desproporcional mas é sabido que é essa a forma de defesa que Israel sempre usou. Se assim não fosse já teria desaparecido do mapa há muito tempo (lembrem-se da “Guerra dos 6 dias”).
4. Não existem “anjinhos” nesta tríade Israel/Palestina/Hezbollah.
5. Mesmo que Israel não existisse, aquela zona do planeta seria sempre uma zona de grande tensão porque é habitada por populações de etnias e religiões diferentes e com interesses antagónicos, essencialmente, porque algumas delas querem dominar todas as outras.
6. Israel só serve para agonizar os conflitos e para essas etnias e religiões fingirem que estão unidas em algo, quando efectivamente não estão senão no ódio.
7. Os únicos inocentes nesta história são os cidadãos do Líbano que mais uma vez são aqueles que mais sofrem as consequências do conflito.
8. E a culpa disso não é só de Israel.
9. O Hezbollah, desde o final dos anos 70 que funciona como um verdadeiro estado ditatorial dentro do Líbano, não se inibindo de matar à bomba qualquer pessoa que lhes faça frente.
10. É curioso que a semana passada tropas libanesas tenham, pela primeira vez em 30 anos, entrado em certas zonas do sul do seu próprio pais porque, até essa data, elas estavas ocupadas, não por Israel mas, pasme-se, pelo Hezbollah.
11. E esse poder do Hezbollah advém-lhe, essencialmente, o apoio militar que lhe é dado pelo Irão e pela Síria, dois estados soberanos que há 30 anos põem e dispõem do Líbano como se de uma cotada sua se tratasse.
12. Portanto parece-me redutor atribuir aos israelitas todas as responsabilidades pelo mal que acontece hoje no Líbano.
13. A responsabilidade primeira é da Síria e do Irão que são os primeiros a desprezar os libaneses e a armar um testa de ferro (Hezbollah) para que esta possa executar os seus intentos sem que eles tenham de dar a cara.
14. Em segunda instancia, a responsabilidade será do Hezbollah que é, em bom rigor, um grupo terrorista que ataca pela calada e se defende colocando-se no meio da população civil. Típica atitude cobarde utilizada por terroristas um pouco por todo o mundo.
15. Finalmente, a responsabilidade de Israel que se defende utilizando todos os meios militares que tem ao seu alcance (e não são poucos) para demonstrar que, à falta de diplomacia, pela força eles jamais serão vencidos.
16. Claro que esta postura implica uma violência e, no caso concreto, uma desproporcionalidade no direito de resposta que acaba por afectar populações inocentes.
17. As mesmas populações que já estão subjugadas pelo Hezbollah mesmo quando nós, aqui no ocidente, julgamos que lá está tudo em paz.
18. Por fim, a responsabilidade da comunidade internacional que não tem conseguido gerir este (eterno) conflito e cuja postura tem sido sempre reactiva e nunca preventiva, o que é particularmente grave quando este conflito já dura há décadas e cujos períodos de bonança nada mais são do que pronuncios de tempestade.

Para concluir, e porque o post já vai longo, apesar das muitas teorias que se têm ouvido estou plenamente convencido que temos aqui um conflito que vamos deixar de herança aos nossos netos, porque ninguém é capaz de apresentar uma solução razoável, ainda que teórica, para este médio oriente.

terça-feira, agosto 22, 2006

Espirito empreendedor

Existem muitas pessoas que criticam, entre outras coisas, o espirito empreendedor dos portugueses, ora que não existe, têm falta de coragem, não sabem, etc.

Como que a contradizer toda esta má lingua, um jovem incendiário da nossa praça, talvez por ver que na sua área de residência esse era um negócio que já nada rendia (estará tudo ardido) resolveu internacionalizar as suas valências e foi fazer incêndios (três) para Espanha. Apesar de ser de louvar a sua motivação temos de ser honestos e concluir que a actividade escolhida não terá sido a melhor.

Moral da história: foi apanhado e esperemos que as autoridades espanholas não o reenviem para Portugal sob pena das nossas autoridades o colocarem na rua com TIR (a todos os níveis ridículo) e o rapazinho lá terá de saltar novamente a fronteira para ir fazer pela vida.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Duas vezes Obikwelu

Melhor marca do ano nos 100 metros, recorde nacional nos 200, duas medalhas de ouro, tornou-se o atleta português com mais medalhas de ouro em campeonatos da Europa destronando Rosa Mota, com a dobradinha nestas provas fez algo que ninguem fazia há 28 anos (desde Pietro Menea). Temos aqui um verdadeiro atleta de eleição.

Mas não foi o único. João Vieira (quem?) foi medalha de bronze nos 20 km marcha batendo o recorde nacional e muitos dos grandes candidatos àa medalhas e Nelson Évora (que ainda está em competição) está a ter grandes prestações nos saltos (comprimento e triplo).

Numa altura em que existe um maior distanciamento entre os portugueses e o atletismo, que em tempos foi uma das nossas grandes modalidades, pode ser que estes resultados invertam essa tendência.

Atenção que Portugal agora não é bom somente em provas de fundo.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Restart

Agora que acabaram as férias, é com baterias recargadas que volto à blogosfera e espero manter uma maior actualização do Ácido que tem sido deixado um pouco ao abandono.

Nestes dias, no plano nacional, nada de muito relevante se passou, sendo óbvio que grande parte dos nossos politicos estão de férias, logo, a possibilidade de serem feitas asneiras é mais reduzida. Realço a publicação on line do nome dos contribuintes mais faltosos da nossa praça. Parece uma uma medida parva mas num pais onde muitas vezes é mais importante parecer do que ser, podemos estar perante uma medida importante do ponto de vista do combate à evasão fiscal (aliás, parece que foram feitas muitas regularizações com medo de ir para as famosas listas). Aguardo agora a lista daqueles a quem o Estado deve dinheiro.

No plano internacional poderia realçar a crise do médio oriente mas prefiro abordar esta questão mais tarde e de forma isolada, logo, escolho Fidel. El Comandante parece que está mal e dizem que pode ser este o primeiro momento para a viragem politica em Cuba. Eu discordo. Julgo que Fidel ainda vai cá ficar por uns tempos (ainda acaba por nos enterrar a todos) e não acredito que com a sua morte o regime cubano mude, mesmo que progressivamente. Pelo contrário, receio que com o desaparecimento de Fidel, e devido à falta de outra figura carismática na politica cubana, possam vir a exteriorizar-se as grandes diferenças existentes entre os cubanos, nomeadamente os que ainda estão na ilha e os exilados, e que este facto associado às grandes pressões politicas e económicas que vão ser feitas do exterior, pode vir a originar situações de conflito violentas. Posso estar a ser péssimista mas vamos esperar para ver (lá está, se Fidel não nos enterrar a todos primeiro).

quarta-feira, julho 12, 2006

A andar para trás

Numa altura em que se reclamam urgentemente melhorias das condições de vida dos cidadãos, em que se fazem reformas nos mais variados sectores da sociedade, veio a publico que existem, hoje, mais pessoas sem médico de familia do que há um ano atrás. Um milhão de pessoas não tem médico de familia em Portugal.

Mas afinal estamos a andar para a frente ou a andar para trás? É que esta é a nossa realidade há mais de uma década. Onde estão os resultados dos sucessivos esforços que nos têm pedido desde então? Continuamos a viver num país onde o dinheiro é condição sine qua non para poder ter bons cuidados médicos. Os mais carenciados ou se aguentam ou morrem. O Estado continua a ser aquilo que sempre foi: um incompetente no cumprimento das suas obrigações sociais.

Outro Blog

O tempo para postar não tem sido muito logo parece paradoxal estar a criar outro blog que, em bom rigor, só me vai dar mais trabalho. Mas é isso que eu vou fazer.

Porque gosto muito de futebol, porque estamos no inicio de uma nova época e porque não quero tornar o Ácido num blog sobre o tema, resolvi criar um sitio novo somente para esse efeito: começam agora os 90 minutos.

quinta-feira, julho 06, 2006

Menos Ais

Acabou o sonho. Durante semanas acalentamos a esperança de vencer este Mundial. Eu, pessoalmente, só quis começar a pensar nisso quando passamos às meias-finais mas agora acabou.

Provalvente é o fado. Ou a França que é sempre a nossa "besta negra" (tal como nós somos da Inglaterra). Ou então é a nossa reduzida expressão, e dimensão, que não nos permite ter mais influência junto das grandes esferas que regem o futebol mundial. Assim, e em caso de dúvida, somos sempre prejudicados. Digo isto desde a famosa mão do Abel Xavier também contra a França. Qual seria o resultado ontem se o Cristiano Ronaldo caisse como o Henry e este se projectasse na área como o Cristiano? Eu julgo que seria o mesmo.

Caimos, mas caimos de pé. E agora vamos lutar pelo 3.º lugar. Há 3 semanas atrás quem diria que nesta fase a prova estariamos a ser invejados, entre outros, por Brasil e Argentina?

Grande campanha fez esta selecção. Para além do óbvio louvor que tem de ser dado aos jogadores, importa realçar o papel do Scolari. Mesmo aqueles que nao gostam dele têm de dar a mão à palmatória: contra factos não há argumentos. É o melhor seleccionador da história do futebol português e o resto é conversa. Fiada, diga-se.

Uma palavra final para aqueles que insistentemente frisam o facto do país ter outras coisas com que se preocupar para além do futebol. É verdade, mas também é um facto que é neste desporto que, actualmente, cada um de nós mais exterioriza o orgulho em ser português. Que outra actividade nos honra tanto? São os golos do Figo, Pauleta e companhia que fazem saltar de alegria e orgulho o portuga mais incógnito mesmo que ele esteja na Polinésia. Isto deve querer dizer alguma coisa. Não é o mais importante? Não. Mas é muito importante.

domingo, julho 02, 2006

Nação Valente

Poucas equipas terão a raça revelada pelos nossos jogadores neste Mundial. Poucas equipas terão este coração e esta capacidade de sofrimento.

Poucos povos conseguem sofrer o que nós temos sofrido a ver os jogos da nossa selecção. Agora só temos de sofrer mais duas vezes. Parabéns Portugal.

P.S.: Ontem lembrei-me tanto do Jorge Perestelo. Deve ter estado um reboliço lá onde ele está.

segunda-feira, junho 19, 2006

Direitos

Neste país fazem-se coisa com uma impunidade digna de qualquer país de terceiro mundo. Isto vem a propósito das entidades que prestam serviços de televisão por cabo (p.e. TV Cabo e Cabovisão) estarem, em concluiu com a Sport TV, a suspender temporáriamente a emissão dos canais estrangeiros que transmitem jogos do Mundial de futebol, nomeadamente, o canal francês M6 e o alemão RTL.

Como este é um país de exclusivos e quem quer ter acesso a eles deve pagar, e bem, estas entidades para preservar os direitos de quem tem o exclusivo da emissão dos jogos para Portugal (Sport TV) não hesitam em restringir os direitos daqueles que são seus clientes e, queiram ver ou não, pagam-lhes mensalmente uma quantia pela prestação de um serviço que inclui os canais M6 e RTL. E importa reter que esta suspensão não implica qualquer abatimento no valor da factura mensal.

Se, por absurdo, existissem 12 ou 15 canais dessas grelhas a transmitir os jogos o que é que eles fariam? Também suspendiam a sua emissão para preservar os direitos da Sport TV? Gostava de ver.

Com estas atitudes, e para compensar esta falta de respeito, só tenho de apoiar todos aqueles que, através de variados expedientes, conseguem ter acesso aos canais descodificados sem pagar um chavo por isso. É imoral? É burla? Quero lá saber. Como é que se qualifica o comportamento destas entidades quando suspendem a transmissão destes canais? Também não é imoral? Também não é burla? Esta é a resposta adequada.

segunda-feira, junho 12, 2006

Vergonha na escola

Era uma vez uma professora de uma escola básica, com cinquenta e poucos anos, que repreendeu um aluno de treze anos no recreio por este estar a atirar cascas de uma qualquer fruta para o chão. Como este fez "orelhas moucas" ao que ela dizia, ela obrigou-o a apanhar as referidas cascas. Ele, colocado perante esta situação, fugiu. Se a história acabasse aqui seria mais um exemplo de falta de respeito e educação de um miudo mas não vinha mal ao mundo por isso.

O problema surge porque a história não acaba aqui. Pouco depois entram pela escola dentro familiares do miudo em causa que se dirigem à professora e começam a agredir, nomeadamente na cabeça, e só acabam quando são dominados por outros elementos do corpo docente. A senhora teve de receber tratamento hospitalar.

Isto passou-se 6.ª feira no Lumiar, numa escola que fica no meio da cidade de Lisboa. Hoje a escola está fechada, por iniciativa dos professores, para chamar a atenção para estas situações.

Depois das tristes cenas que vimos a semana passada na televisão numa reportagem efectuada com câmaras ocultas, também numa escola nos arredores de Lisboa, importa saber como lidar com estas situações. Concerteza que tal não é fácil nem ninguém tem a varinha de condão que vai resolver estes problemas todos mas, está visto, que a passividade só levará à radicalização destes casos.

É sabido que não se pode contar com os politicos para combater estas situações porque haverá sempre alguém que vem falar em integração, discriminação (atenção que não estou a falar de raças), educação e outras, enfim direitos. Direitos daqueles que sucessivamente provam que não são merecedores de os terem. E normalmente são penalizados aqueles que merecem toda a nossa consideração. Porém se alguém quiser tomar uma inicativa para combater este estado de coisas será confrontado com "falta de meios" sejam lá eles quais forem desde que sejam necessários.

Eu frequentei, há vinte anos, uma escola secundária nos arredores de Lisboa, onde existia todo o género de pessoas, marginais inclusivé, onde era arriscado ir para trás de determinados pavilhões quando escurecia, onde existia droga, etc., mas não me recordo que existirem situações como aquelas que presenciamos hoje, nomeadamente com muidos de muito tenra idade. Hoje não respeitam nada nem ninguém, logo não vejo porque diabo é que têm de ser respeitados. Vamos aturar os seus abusos para eles não se tornarem marginais? Esqueçam, nestes casos já não há volta a dar, eles vão ser marginais. Vamo-nos esforçar para os integrar socialmente? Porquê? Porque carga de água é que eu quero pertencer à mesma sociedade que estes individuos? Eu não desejo mal aqueles que quero bem.

Julgo que tem de ser a própria sociedade civil, como um só e sem excepções, a sair de trás da cortina e a tomar iniciativas que condenem estas situações. Se eles se vangloriam de ser marginais vamos tratá-los como tal, deixá-los no canto sozinhos, ignorá-los de forma consciente para que eles saibam que não são vitimas de nada a não ser de si próprios.

Deviam ser os pais de todos os muídos que estudam naquela escola do Lumiar, que hoje não tiveram aulas, a colocarem-se publicamente ao lado dos professores e a condenar, se rodeios, aqueles que efectuaram as agressões. Era um princípio.

Faltam seis vitórias

Portugal 1 Angola 0

quarta-feira, maio 31, 2006

Controlo anti-doping


Depois de analisados laboratorialmente mais de duas dezenas de produtos licenciados com o Goleo, mascote do Mundial FIFA 2006, somente dois desses produtos não apresentaram a presença de qualquer substância tóxica.

Todos os outros apresentavam uma qualquer substância com algum grau de perigosidade.

Como se já não bastasse o facto da empresa que produz estes artigos ter falido antes do próprio evento começar, surje agora mais esta noticia.

O Goleo é a primeira vitima dos controlos anti-doping neste Mundial.

terça-feira, maio 16, 2006

Os 23

Scolari tornou publica a lista dos 23 jogadores que vão representar a nossa selecção no Mundial 2006. Surpresas não existem, atendendo à natureza do seleccionador, mas é óbvio que algumas questões têm de ser colocadas.

Deve o espirito de grupo ser tão mais relevante que qualquer outro critério objectivo como a condição fisica, o momento actual de forma ou a qualidade do futebol apresentado esta época? Eu julgo que não. É importante ter um bom grupo e deve-se evitar qualquer factor destabilizador para o mesmo mas será que a convocatória de outros (ou não convocatória de alguns destes) iria destabilizar a equipa. Estamos a falar de jogadores profissionais que todos os anos fazem parte de um plantel diferente e que a isso já estão habituados.

Independentemente de outros factores, não compreendo a convocatória de Costinha e Quim que não jogam há mais uitos meses. Afinal o Postiga foi para França porque o Scolari disse que ele tinha de jogar para ser convocado e agora vê-se que isso afinal não é verdade.

Questiono a convocatória de Maniche, Hugo Viana e Ricardo Costa pelos poucos minutos que jogaram esta época, não porque tenham estado lesionados mas, pura e simplesmente, porque não são titulares nas suas equipas.

Interrogo-me se Paulo Santos, Pedro Mendes, Tonel ou João Tomás não teriam lugar nesta equipa.

Apesar da inesperiência, e considerando os critérios para seleccionar Bruno Vale, será que Quaresma ou João Moutinho também não deveriam ter sido convocados?

Agora não há mas nada a fazer a não ser apoiar a nossa Selecção e esperar que Scolari não cometa na Alemanha o mesmo erro que cometeu no Euro 2004: no primeiro jogo colocou a equipa com aqueles que lhe eram mais chegados e perante um mau resultado foi obrigado a refazê-la para pôr a jogar aqueles que eram, efectivamente, os melhores jogadores.

P.S.: O meu "onze"
Ricardo, Miguel, Ricardo Carvalho, Fernando Meira, Nuno Valente, Petit, Tiago, Deco, Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta.

segunda-feira, maio 08, 2006

"Apanhados" da bola

Ronald Koeman disse a semana passada que os golos que o Sporting obteve contra o Rio Ave deveriam constar de um programa de "apanhados" sobre o futebol.

Estou à espera de ouvir a opinião dele sobre o 1.º golo do Paços de Ferreira que ontem permitiu à equipa crescer e virar o resultado contra o Benfica.

Alguém com o seu passado e experiência no futebol deveria saber que existem certo tipo de declarações que não se devem fazer sob pena delas se virarem contra si num futuro próximo. Para azar do Koeman esse futuro demorou uma semana a chegar.

sábado, maio 06, 2006

Cresce e aparece

Era uma vez um menino que quando fosse grande queria ser como o Pinto da Costa. Para atingir esse objectivo utilizou uma estratégia de submissão ao FCP, colaborando com estes em desvios de jogadores que estavam em negociações com outros clubes. Nisto não vejo nada de relevante senão a própria competição entre clubes grandes que utilizam as armas que têm ao seu alcance para melhor os seus planteis e prejudicar os outros. Até aqui tudo bem. Agora este menino, em vez de utilizar normais condicionalismos de mercado para justificar os seus actos, na ânsia de ser Pinto da Costa, resolveu colocar-se em bicos dos pés e dizer que não negociava com clubes que eram concorrentes directos do seu Nacional, dai colocar os seus jogadores no FCP.

Porém, não é Pinto da Costa quem quer mas sim quem pode e Rui Alves não pode porque não sabe. Não tem dimensão, carisma, inteligência e poder para isso. Como o tempo é implacável e a "tesão do mijo", é sabido, é poderosa mas incipiente, no final do campeonato o seu Nacional está na luta por um lugar na UEFA, enquanto os outros (os seus "concorrentes directos") têm preocupações com os milhões de euros da Liga dos Campeões. Neste momento o Nacional está em luta directa com o Boavista que vai, na ultima jornada, defrontar os seus amigos do FCP. Ora estes ultimos, com o campeonato no bolso e a preocupação da final da Taça de Portugal, legitimamente, não convocaram 10 dos habituais titulares, logo, facilitam a vida ao Boavista que pode ultrapassar o Nacional na tabela classificativa e corrê-los das competições europeias do ano que vem.

Perante isto, Rui Alves está indignado e diz que num pais civilizado isto tinha de ser investigado pelas autoridades. Provavelmente num pais civilizado ele próprio estaria a ser investigado pelas autoridades devido à sua fortuna pessoal que foi construida em meia dúzia de anos, mas isso agora não interessa nada. O que interessa é que o menino tem muito que aprender e por mais bem sucedido que seja nessa demanda (mesmo que um dia chegue a Presidente da Liga, como parece que também pretende) nunca passará da "cepa torta" e só terá a relevância que aqueles que efectivamente têm poder lhe quiserem dar. Por agora provou um pouco do veneno que ele próprio, noutros momentos, fez honra em destilar.

quinta-feira, abril 27, 2006

O exemplo dos deputados

Já todos nós sabemos que muitos dos nossos deputados não são um exemplo de seriedade, rectidão ou competência. Agora que também não são um exemplo de educação é, para mim, um coisa nova.

Nas comemorações do 25 de Abril na AR, vimos que o respeito de alguns deputados, enquanto membros de um órgão de soberania, perante outro órgão de soberania como o Presidente da República é pouco ou nenhum, o que não deixa de ser um belo exemplo de falta de educação.

Concluído o discurso do PR nessas comemorações houve bancadas parlamentares, CDU e BE, que pura e simplesmente ficaram de braços cruzados enquanto os seus pares aplaudiam Cavaco Silva. Não lhes era exigido que aplaudicem efusivamente o PR, que o fizessem de pé ou que pedissem "bis" mas as regras de boa educação (pelo menos foi assim que a minha mãe me ensinou) exigiam que dessem, pelo menos, um aplauso de circunstância. Não ficou bem e acima de tudo foi feio. É um exemplo daquilo que não se deve fazer e que deve ser apresentado como tal às nossas crianças.

E são estes os deputados da nossa República. Belo exemplo.

quinta-feira, abril 20, 2006

Mas alguém dúvida?

É impressionante o descaramento que os lideres no nosso futebol têm. Como o Presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse que têm existido muitas pressões para que Vitor Baia voltasse à selecção, vieram os vituosos dirigentes do futebol português à praça pública demonstrar a sua indignação perante essas declarações.

É sabido que no futebol português não se fazem pressões para atingir objectivos pessoais ou do clube em deterimento de outros, aliás, é de todo injusto colocar em causa a honorabilidade de alguns dos principais dirigentes desportivos, tratando-os como se fossem, sei lá, arguidos em processos crimes onde são acusados de currupção ou associação criminosa. É injusto.

É, tambem, sabido que o presidente da FPF, Gilberto Mandail, é das pessoas mais competentes que existe e está totalmente ímune a qualquer tipo de pressão que lhe seja feita por determinados dirigentes.

A nossa sorte é termos o seleccionador que temos que, independentemente de se concordar ou não com as suas opções, fá-las de modo próprio e legitimo. Se não quer o Baia, acabou, o Baia não vai.

Se o seleccionador fosse o António Oliveira concerteza que seria de mais agrado para certas inteligências, pois as suas decisões eram as que os outros quisessem. Estágios em Macau porque, apesar de totalmente desajustado, era politicamente correcto (vejam as consequências). Convocação de jogadores (Paulo Sousa) que, apesar de lesionados e cheios de carruncho, foram ao Mundial da Coreia, apenas para ficar no curriculum. Trocas de guarda-redes para o Mundial sem que nada o justificasse (o que seria do Scolari se desse a titularidade no Mundial ao Quim?).

Tudo isto são pequenos exemplos de coisas que aconteceram no passado sem que fosse exercida qualquer pressão junto da FPF e do seleccionador, portanto, é óbvio que ninguém fez pressão para o Baia voltar à selecção.

É por estas e por outras que eu penso que alguns dirigentes do futebol português tendem a comportar-se como umas putas cuja dignidade sexual é posta em causa.

domingo, abril 16, 2006

Boa Páscoa

quinta-feira, março 30, 2006

Um vegetariano no talho










Durante um discurso na Assembleia da República, e no âmbito do processo de encerramento das maternidades, José Sócrates grita eufóricamente: "venham as espanholas. Venham as espanholas".

Parece um país diferente

Um tipo está distante durante 2 semanas da blogosfera e quando regressa parece que vive num país diferente.

As pessoas já não conduzem veículos automóveis mas sim tractores. É vê-los nas filas de trânsito e nos nossos parques de estacionamento.
Existe um vasta faixa da população que tem um sotaque estranho, meio francês, meio inglês, tipo canadiano.
Casais portugueses, por força de critérios meramente aritméticos, correm o risco de verem os seus filhos nascerem em Badajoz ou outra cidade fronteiriça espanhola.
Já não necessitamos de notários para nada e pelo caminho que leva esta simplificação de processos impostas pelo nosso Governo prevejo que o Sócrates esteja a preparar um pacote legislativo que obrigue que a fecundação só possa ser feita sem a respectiva copula, pois esta "dá muito trabalho".

Parecemos a Alice no país das maravilhas.


segunda-feira, março 13, 2006

Aproveitando a onda

Depois da OPA da Sonae sobre a PT, ficamos a saber que também o BCP vai fazer uma OPA sobre o BPI. Influenciado por este clima "opista", o Ácido está a ponderar seriamente fazer uma OPA sobre o Abrupto (ou outro blog que se disponha a tal), estando neste momento a reunir apoios que permitam fazer uma proposta irrecusável (p.e. 1000 visitas por dia ou, se for possível, 100 comentários por post), para aquisição desse blog.

Enquanto não é tomada uma decisão definitiva sobre esta operação, solicito a maior discrição sobre o assunto para não sobrevalorizar o próprio blog em si ou influênciar outros a tomar a mesma iniciativa.

quinta-feira, março 09, 2006

Zé das Medalhas

Findo o mandato do pior PR da história da democracia portuguesa não irei fazer nenhum balanço da sua magistratura porque não há muito para dizer. Não tenho qualquer antipatia para com Jorge Sampaio mas os seus mandatos foram para esquecer.

Porque a lista de asneiras seria infindável prefiro realçar outras coisas. Por um lado o que correu bem: Timor. A forma como o PR geriu esta questão parece-me de louvar. Aliás, Timor tem o condão de ser o unico marco positivo da actuação de dois dos nossos mais recentes governantes: Jorge Sampaio e António Guterres. De resto, o magistério de Sampaio foi muito mau (p.e. ainda estou à espera do fim do inquérito instaurado por Souto Moura por causa do célebre "envelope 9" e cujos resultados Sampaio exigiu publicamente que fossem apresentados "urgentemente" - já passaram 2 meses). Este mero exemplo da sua autoridade é demonstrativo da sua maneira de estar em Belém.

Por outro lado, Sampaio notabilizou-se pelas condecorações que atribuiu.
Portugal deve ter o maior indíce per capita de condecorados entre os seus cidadãos e isso deve-se a Sampaio. Para a despedida, também ele recebeu a sua medalha pelos serviços prestados que, como referi anteriormente, foram de grande qualidade. Mas afinal de contas este é o país onde as empresas públicas apresentam resultados anuais negativos e os seus administradores recebem prémios de desempenho.

terça-feira, março 07, 2006

O Estado é pessoa de má-fé

Já o disse aqui varias vezes e hoje sou obrigado a reafirmá-lo: o nosso Estado, por muitos e variados motivos, é uma pessoa de má-fé. Se dúvidas houvesse, mais duas noticias vindas a público ultimamante comprovam-no.

A semana passada foi a noticia sobre o perda de recibo verdes, ou seja, qualquer titular desses recibos se os perder (mesmo que por furto), de nada lhe valerá comunicar esse facto às Finanças. O titular será responsável fiscal pelo uso abusivo e ilegal que terceiros façam dos seus recibos. Se quiser reclamar, terá de recorrer aos Tribunais com todas as implicações dai inerentes (tempo, despesas, etc.). O Estado em vez de zelar pelos direitos dos seus cidadãos trata-os como potenciais vigaristas e cabe a cada um deles provar que não o é.

Hoje foi a noticia que as taxas moderadoras nos nossos hospitais iriam subir mais de 20% (??). Justificação? Combater a utilização dos serviços de urgência por pessoas que não estão necessitadas. Mentiroso sou eu e não minto tanto. O que eles realmente querem é aumentar a receita dai proveniente e tudo o resto são desculpas.
Eu sei que existe uso abusivo dos serviços de urgência dos hospitais mas também sei que estamos num país onde os centros de saúde, onde eles existem, fecham às 20,00 horas e reabrem às 08,00 horas do dia seguinte. Se nesse espaço de tempo qualquer cidadão tiver uma mera indisposição que o apoquente só se pode dirigir aos hospitais porque são as unicas unidades de saúde que estão abertas. Ou faz isso, ou vai a um hospital particular ou fica em casa e sofre em silêncio.

Se o Estado quisesse combater o tal uso abusivo, reestruturava a forma de funcionamentos dos nossos centros de saúde e tornava mais eficazes os modos de triagem nas urgências hospitalares. Mas não. Eles dizem que o meio mais eficaz (e já agora mais cómodo e proveitoso) é aumentar de forma disparatada o valor das taxas moderadoras. É este o nosso gabado Serviço Nacional de Saúde.

sexta-feira, março 03, 2006

Uma mensagem importante

O desaparecimento de pessoas, e especialmente crianças, é um dos grandes dramas da nossa sociedade actual. Qualquer pequena acção que possamos tomar para tentar minimizar o sofrimento que dai advém deste flagelo será positivo.

Nesse sentido, e a conselho do Vizinho coloquei esse pequeno cartão no Ácido (à direita). É, de longe, a mensagem mais importante que tenho para transmitir.

Aqueles que se queiram juntar a esta iniciativa só têm que visitar este site e escolher o tipo de cartão que querem instalar.

quinta-feira, março 02, 2006

Continua o "choque cultural"

Milhares de crianças manifestaram-se pelas ruas de Teerão invocando palavras de ordem como "morte aos desenhadores" das caricaturas de Maomé.

quarta-feira, março 01, 2006

Uma piada (para variar)

Aos 85 anos de idade, Morris se casou com Ana, de 25. Devido ao marido tão idoso, ela decide que deverão dormir em quartos separados. Terminada a festa do casamento, cada um vai para seu quarto.
Ana prepara-se para deitar, quando ouve batidas fortes na porta. As batidas insistem. Ao abrir a porta ela depara-se com Morris, com seus 85 anos, pronto para a acção. Tudo corre bem e após uma relação quente e vigorosa, Morris despede-se e vai para seu quarto.
Passados alguns minutos, Ana ouve novas batidas na porta do quarto... É Morris, novamente pronto para a acção. Ela surpreende-se, mas deixa-o entrar. Terminada a relação, Morris beija-a carinhosamente e despede-se, indo para seu quarto.
Ana, novamente, prepara-se para dormir quando ouve fortes batidas na porta. Espantada, Ana abre e vê, mais uma vez, Morris mais do que pronto para a acção, com aspecto vigoroso e renovado.
Ela diz:
- Estou impressionada que na sua idade possa repetir a relação com esta frequência. Já estive com homens com um terço de sua idade e eles se contentavam apenas com uma vez. Você, Morris, é um grande amante!
Desconcertado, ele pergunta:
- Eu já estive aqui antes?

sábado, fevereiro 25, 2006

A lei que permite birras

Realmente o famoso "Caso Casa Pia", se mais não fosse, permite aos portugueses em geral ver a (falta de) qualidade das leis que temos. O advogado do Bibi, no seu tom educado que todos o reconhecemos, perdeu o decoro e durante o interrogatório de uma testemunha colocou em causa a idóneidade desta, do Tribunal, e num sentido mais vasto, da própria justiça portuguesa. Parece que se esqueceu que estava numa sala de audiência de um Tribunal e não na tasca lá da rua e como tal foi repreendido pela Juiza Presidente.

Consequência (I): requereu um incidênte de recusa de Juiz alegando que a mesma estava a ser parcial, somente porque não quis aturar a sua falta de educação;
Consequência (II): na hipótese do seu recurso ter provimento corremos o risco de ver o julgamento, e respectiva prova até agora produzida, ser declarado nulo e recomeçar tudo de novo.

Mais do que a atitude do advogado (não tenhamos a pretensão de alterar o carácter dele) não deixa de ser impressionante a forma como a lei permite que as birras tenham legitimidade processual bastante para colocar, ainda de de forma remota, em causa um processo penal e para mais com a envergadura deste.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

O desafio do Peixoto

Na sequência do desafio que me foi lançado pelo Peixoto aqui estou eu a "despir-me" perante a blogosfera. Sendo eu um homem de tantas manias e hábitos custa-me seleccionar somente cinco para me diferenciarem um pouco do comum dos mortais mas aqui vão:

Espirito critico: Há quem lhe chame má-lingua mas eu penso que é espirito critico. Tenho o hábito inato de estar a opinar constantemente sobre tudo o que se vai passando à minha volta. Isto aliado ao facto de ter capacidade de dizer as coisas erradas nos momentos errados tem me trazido situações delicadas ao longo da vida.
Relógios: adoro relógios. Sempre adorei. Não só do objecto em si como do seu uso. Se sai de casa e verifico que estou sem relógio sinto-me nú. Sou relógio-dependente.
Futebol: adoro ver e jogar. Sou presença habitual no Alvalade XXI (ai o meu Sporting) e todas as semanas lá estou nas religiosas jornadas da bola com os amigos. Se a TV transmitir o jogo Cascalheira-Mijanaescada eu quero vejo (e a minha mulher passa-se).
Internet: não há dia em que não passe por cá, mesmo que por 2 minutos, nem que seja para ver se a minha ligação ainda funciona.
Petiscos: troco todas as refeições do mundo por petiscos. Adoro estar a "picar" em vários pratos diferentes, cada um do quais com os mais variados paladares.

Por fim deixo a informação que este mesmo desafio foi feito ao Pinheiro, ao Hammer, ao Carlos, ao mfc e ao Polittikus.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Bronkeback Mountain

Estreia hoje nas nossas salas de cinema um dos filmes do ano,e por vários motivos.

Primeiro pela sua qualidade cinematográfica que o leva a ser o principal candidato aos óscares deste ano. Depois pela polémica que a sua história levantou e que chegou ao ponto de ter sido proibida a sua projecção em alguns estados dos EUA. Afinal de contas conta a história de 2 cowboys (icones de masculinidade) que são gays. E isso é imperdóavel para os moralistas dos americanos.

Mesmo por cá prevejo alguns falatório, não só porque a temática (homossexualidade) está tão na moda mas também pelo facto de ser bem concordar com todas as pretensões por estes suscitadas. Alias, em Portugal, está tão na moda ser contra a corrente que esta já se transformou na corrente dominante, mas isso são outras questões.

Pela parte que me toca irei ver o filme e depois digo qualquer coisa. Mas somente sobre a sua qualidade e não sobre a moral, bons ou maus costumes, modas e posições politicamente (in)correctas que dele possa extrair.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Podia ter piada

A questão das caricaturas que retratam a imagem do profeta Maomé, nomeadamente os actos violentos que têm sido perpetrados ao abrigo da defesa do Islão, se não fossem de tal gravidade (foi hoje assassinado um padre católico na Turquia), seriam para rir.

Sem querer entrar na problemática civilização ocidental versus civilização islâmica, sob pena de ter de redigir um post com 100.000 palavras, nem querer colocar em causa o direito à indignação de quem quer que seja, não posso deixar de “curioso” que aqueles que defendem, entre outras coisas, que Islão não é sinonimo de violência (e acredito piamente que o Alcorão apregoe a paz, etc.), sejam os mesmos que destroem e pegam fogo à propriedade dos Estados que publicaram tais caricaturas. Acredito que não sejam uma maioria mas, mais uma vez, as atitudes destes senhores fazem a imagem do Islão que fica.

Acresce a isto a benevolência dos próprios Estados muçulmanos que permitem que estes actos aconteçam. Se amanhã os sírios quiserem protestar contra o aumento do preço da batata serão duramente reprimidos pelo seu Estado militarizado mas hoje podem, tranquilamente, pegar fogo ao consulado da Dinamarca que ninguém os importunará. Lamento, também, as atitudes de alguns dos seus líderes religiosos que fomentam estes conflitos. Aliás, as caricaturas foram publicadas em Setembro num jornal distrital dinamarquês e não foram noticia. Foi necessário que os próprios lideres muçulmanos sedeados na Dinamarca andassem, ao longo dos últimos meses, a difundir estes desenhos pelo mundo islâmico para assim atearam este conflito. Estas atitudes ficam sempre bem a líderes religiosos.

terça-feira, janeiro 31, 2006

Os EUA da Europa

Li no JN que Silvio Berlusconi, no intuito de ganhar uns votos, prometeu absoluta abstinência sexual até às eleições do próximo dia 9 de Abril, ou seja, estará 2 meses e meio a "jejuar".

Isto levantou-me duas questões distintas:
Primeiro, e definitivamente, depois da famosa lei de uso e porte de arma, a Itália resolveu seguir o modelo americano com todas as imperfeições e hipócrisias que o mesmo possui.

Segundo, como é que se pode confiar num homem que possui uma mulher como a que ele tem se não lhe toca durante dois meses e meio? Agora é que eu jamais votava nele.

sábado, janeiro 28, 2006

Precisa-se

NIVELADOR DE CAMPOS DE FUTEBOL
Profissional com experiência, dirija-se ao Estádio da Luz pois o respectivo relvado tende a descair para a baliza da equipa da casa. Contacte Sr. Vieira ou Sr. Veiga.
Remuneração proposta: dois kits de sócio por mês.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Temos Presidente

Finalmente acabou a campanha eleitoral e não teremos de levar com estas chazadas nos próximos 3 anos e meio (espero).

Do meu ponto de vista foi uma noite eleitoral quase perfeita: primeiro porque Cavaco ganhou e depois porque Soares ficou em terceiro. Para ser uma noite perfeita só faltou o Anacleto Louçã não ter atingido a barreira psicológico-financeira dos 5% mas, pronto, não se pode ter tudo.

Duas palavras finais:

Primeiro para Garcia Pereira que revelou que a esquerda perdeu porque os outros partidos não quiserem seguir a estratégia por ele orquestrada para estas eleições. Ora isto revela uma grande imaturidade dos outros partidos por não terem querido ouvir este guru das grandes vitórias eleitorais que é o lider o PCTP/MRPP.

Por fim, José Socrates. O timing escolhido para a sua intervenção ao pais, ao mesmo tempo que Manuel Alegre discusava releva, mais do que falta de educação ou mau perder, uma mesquinhez muito pouco própria de um Primeiro-Ministro. Até já ouvi dizer que foi o lado feminino dele a vir à tona. Não sei se é verdade mas foi o que ouvi dizer.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Eu quero ser Presidente da República

Não possuo qualquer ligação partidária, aliás sou supra partidário, conheço relativamente bem a Constituição da República Portuguesa, não pretendo ter qualquer poder executivo e muito menos chatear o Governo (vou exigir é que não me cheteiem a mim), não enviarei diplomas para o Tribunal Constitucional nem serei um foco de instabilidade.

Sou afável, simpatico, sei receber e tenho uma grande apetencia para visitar, logo, estarei sempre muito perto da população ( seja ela nacional ou estrangeira), sou fotogénico q. b. e prometo ser como o Melhoral: não faço em nem faço mal.

Com estas caracteristicas reuno todas as qualidades para se Presidente da República, logo, é esse o meu desejo. Como já não vou a tempo para estas eleições, contem comigo para as próximas. Lá estarei. Votem em mim.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

E agora, Sr. Procurador?


Muitas têm sido as atribulações deste mandato de Souto Moura à frente da Procuradoria Geral da República mas, ao contrário de outro, nunca considerei que existiam motivos válidos que pudessem levar à sua exoneração do cargo. Agora aconteceu mais um caso e desta vez o Sr. Procurador tem de se explicar muito bem.

Mais do que a violação de alguns dos direitos fundamentais dos cidadãos (que só por si é gravissimo mas, não sejamos ingénuos, não são caso singular) impressiona-me a leviandade e subjectividade com que estas violações vão sucedendo.

Quem autorizou as ditas escutas telefónicas? Com que fundamento legal? A PT ao fornecer estes dados não os pode encriptar para que toda a informação desnecessária ao processo não pudesse ser seja acedido sem autorização? Não existe outro meio de protecção da privacidade dos seus clientes senão um mero filtro do Excel que, por acaso, é um software estranhissimo que quase ninguém domina?Se não o faz a PT, não caberia ao Ministério Público defender a privacidade dos cidadãos no âmbito do processo penal? Ou será que este, o MP, está em "roda livre" como defendem muitas vozes da nossa praça?

Perante mais este caso, ou Souto Moura conclui rapidamente, no âmbito do processo que instaurou, quem são os responsáveis por esta pouca vergonha e os sanciona devidamente, ou nada mais lhe resta senão demitir-se para não correr o risco de ser vergonhosamente exonerado.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Ai a pirataria

Foram hoje divulgados dados que demonstram que, pela primeira vez em muitos anos (desde sempre?), deu-se uma queda no numero de vendas de dvd`s. Independentemente das causas, isto vem demonstrar 2 coisas:

1 - O dvd terá o mesmo destino que teve, primeiro, a cassete audio e depois a cassete de video: tornar-se-á obsoleto a médio prazo;
2 - Usem as tecnologias que usarem, existirão sempre mentes capazes de criar e difundir um modo de crackar todas as defesas utilizadas pelas editoras na feitura dos dvd`s. Há uns anos quem diria que iria ser fácil, a curto prazo, copiar dvd`s?

E o que virá a seguir? Eu não sei mas tenho a certeza que já andam umas mentes por ai a engendrar um modo de o crackar.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

La Morettada

Mais uma novela brasileira estreia nas televisões portuguesas (em todas ao mesmo tempo) e tem como pano de fundo o mundo do futebol que, ao contrário dos que apregoam alguns dirigentes nacionais que se querem fazer de sérios, continua a revestir-se dos mesmos esquemas e tramóias que já minam este desporto, pelo menos, desde os anos 70 e com grande ênfase na década seguinte.

Esta novela basea-se em factos reais (mas não comprovados) e conta a história da transferência de um guarda-redes, que até nem é nada de especial, mas que suscita a cobiça de dois grandes clubes. A partir daqui existe um rol de ameaças, tentativas de desvio do jogador, mentiras, dissimulações, ofertas de grandes quantidades de dinheiro, cobiça dos interlocutores, contratação de capangas, agressões e vinganças. Esperemos pelos próximos episódios para ver como é que acaba a novela e quem é que casa com quem.

Seja como for, desde já podemos tirar uma conclusão: todos os intervenientes nesta história (mesmo aqueles que são somente citados), são realmente pessoas de bem que só dignificam as instituições que representam e o próprio futebol em si. Depois de ver o Pinto da Costa a ser acompanhado pelos inocentes meninos dos Super Dragões quando vai prestar declarações ao DIAP, ficamos a saber que LF Vieira também possui a sua prole de meninos carecas, sem pescoço e de Q.I. diminuto.

Bem haja o futebol nacional com estes dirigentes.