terça-feira, setembro 19, 2006

Raio que os parta

Já começo a estar farto dos auto-proclamados defensores do Islão e das suas fitas. Fazem-se cartoons e vêm todos para a rua pegar fogo a bandeiras de países ocidentais e a bonecos que, alegadamente, representam dirigentes desses paises. Exigem desculpas. O Papa faz uma citação e vêm todos, novamente, para a rua pegar fogo a bandeiras e a bonecos. Exigem desculpas.

Raio que os parta. Estou farto da sensibilidade dos meninos. Quando sonegam direitos às mulheres, amputam ou condenam à morte por apedrejamento criminosos não são assim tão sensíveis. Quando toca à religião nada nem ninguém lhes pode dizer nada, e o mais triste é que há muitas pessoas no ocidente que tem essa especial atenção. Raio que os parta a eles também.

A questão não é meramente religiosa. Trata-se de respeito e tolerância. Não é o Papa que faltou ao respeito, são estes senhores que querem tratar os outros povos como tratam os seus concidadãos, ou seja, sem direitos de opinião e acima de tudo sem liberdade. Ora, nós, os outros povos, não temos de admitir isso. Quando os muçulmanos vêm para países ocidentais, trazem consigo a sua cultura e costumes, alguns dos quais muitos inusuais para os nossos hábitos mas não é por isso que a liberdade individual deles é restringida. Porem, se nós vamos para a grande maioria dos países muçulmanos é bom que nos adaptemos rapidamente aos seus hábitos sob pena de sofrermos dissabores. E isto acontece porque eles não têm tolerância para com ninguém, e essa ausência de tolerância que querem impor aos povos ocidentais quando agem com esta agressividade.

Eu aconselhava-os a ler bem os seus livros religiosos, nomeadamente o Alcorão, para descobrirem que afinal os grandes ofensores da sua religião são eles próprios.

terça-feira, setembro 05, 2006

Freddie Mercury

Se Freddie Mercury fosse vivo faria hoje 60 anos. Não que eu seja um grande fã de Queen mas, tal como a grande maioria da minha geração, pelo menos gosto de muitas das musicas que eles fizeram e Queen, em bom rigor, era Freddie Mercury.

Ele era o expoente máximo de uma geração que surgiu nos anos 70, incluia p.e. David Bowie, Elton John ou Rod Stewart, que criaram personagens dúbios, ambiguos mas mais que bons musicos, eram verdadeiros artistas de palco. A maioria das bandas que surgem hoje em dia adoptam uma de três posturas: ou são melancólicos e parece que estão a morrer no palco, ou optam por um excesso descontrolado de euforia e barulho que nada mais é do que isso, euforia e barulho. Os outros têm um comportamento simplesmente normal.

Freddie Mercury era diferente, cada actuação dos Queen era um espectaculo que transcendia a mera actuação de uma banda ao vivo e que, para além das grandes performances de Brian May na guitarra, possibilitavam ao público o direito de ver a actuação de um dos maiores (há quem diga que o maior) artistas de palco de todos os tempos: Freddie Mercury.

Foi essa sua natureza muito própria, cheia de excessos, que também transmitia para a sua vida particular, que levou à sua morte prematura e permitiu cultivar ainda mais a imagem do mito. Hoje faria 60 anos e eu não quis deixar de recordar.