quinta-feira, março 01, 2007

Tristeza

Há dias assim.
Ainda ontem o tinha visto, de relance, na gala de aniversário do Benfica. Hoje, depois de almoço, chego ao escritório e sou confrontado com a noticia: morreu o Bento. Não interessa se era Manuel, era o Bento. Para aqueles que, como eu gostam de futebol e para além disso cresceram na década de 80, ele era somente o Bento, e chegava. O guarda-redes do Benfica, que por acaso nem é o meu clube, mas nós também tinhamos o Damas, que não interessava se era Vitor, porque também chegava. Infelizmente já não temos nenhum dos dois mas enquanto o Damas foi vitima de doença prolongada cujo desfecho era previsivel, o Bento foi abrupto. Abrupto como ele era muitas vezes em campo.

Para mim que sou adepto de futebol fica a lembrança da raça e do nervo (que alguns dissabores trouxeram - episódio Manuel Fernandes). Mas fica também a lembrança da qualidade e a natureza de um jogador que o futebol moderno encarregou-se de extinguir: o jogador que era sinónimo de um clube. Bento era Benfica, mas também era Portugal.

Hoje fiquei triste.

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