quinta-feira, novembro 25, 2004

Refresh

Considerando a minha prolongada ausência das lides, fiz um apanhado de todos os temas sobre os quais me apeteceu fazer um post, e não fiz. A Saber:

1. Por causa do referendo sobre a constituição europeia (em letra pequena), foi proposta uma pergunta que preenche todos os requisitos que uma pergunta desta natureza não deve ter. Será que ninguém viu isto ou, como afirmam certas fracções da nossa sociedade, o Governo quer fomentar a abstenção neste referendo?
Eu não acredito nisso. Julgo que foi só mais uma demonstração de incompetência.

2. Não sou fumador mas conheço muito boa gente que é, e sempre defendi que tanto uns têm o direito de não fumar como outros têm o direito de o fazer. Importa, pois, conciliar estas posições e respeitar os direitos individuais de cada um.
Isto é muito bonito de se dizer mas a prática tem-me criado uma certa revolta esta "ditadura do fumador". Eles fumam quando querem, onde querem e os outros (os fumadores passivos) se estão mal que se mudem. Porra, poucas coisas me enervam mais que estar a almoçar num qualquer restaurante e começar a ser "bombardeado" com o fumo de alguém que está numa mesa própria e que já acabou a sua refeição. Ora, como dizem que fumar depois de comer dá muito prazer, finda a refeição lá estão eles a puxar do seu cigarro. Se tirassem macacos do nariz incomodavam-me menos.

3. Canas de Senhorim. Que dizer daquelas alminhas? Querem ser concelho? Querem lutar por isso? Por mim tudo bem, mas isso não lhes dá o direito de fazerem o que muito bem entendem e, se porventura, colocam em causa a ordem pública, portanto, acho correcto que enviassem para lá as forças policiais necessárias a repor a ordem. Achei curioso aqueles que, perante a intervenção da policia, diziam que tínhamos “voltado aos tempos de Salazar” ou “estávamos num Estado de direito”.
Efectivamente estamos num Estado de direito, um direito colectivo e não individual e que não se deve vergar perante interesses particulares. Por outro lado, se isto funcionasse à moda de Salazar, eles não tinham tido a possibilidade, e quiçá a coragem, de sequer manifestar as suas vontades. Portanto, dispensam-se os disparates.

4. Mário Soares, do alto da sua infindável sapiência, veio dizer que Portugal está perto da revolta popular, o que não acontecia desde o 25 de Abril de 1974. Parece que este senhor se esqueceu do PREC ou dos tempos em que era agredido na Marinha Grande. Esta intervenção só vem reforçar a ideia que muitos de nós temos sobre ele. Definitivamente, ele está senil.

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