sexta-feira, setembro 24, 2004

A morte da Joana


Mais uma vez somos confrontados com uma noticia que nos choca. Uma mãe, por causa da módica quantia de 12,00€, dá uma tareia tão grande à filha qua acaba por a matar. Depois, e para ocultar tal facto, aparece nos orgão de comunicação social a dizer que lhe tinham raptado a miúda, é capa de jornais, noticia de abertura de telejornais e vai, inclusive, a programas de televisão demonstrar a sua "dor". Este comportamento é demonstrativo duma frieza animal e que deve merecer da sociedade a mais severa das punições (só não digo que lhe deveriam enfiar um ferro em brasa pelo rabo dentro até este lhe sair pela garganta porque desconfio que ela haveria de gostar).

Por outro lado, e mais uma vez, vem agora o povo dizer que já esperava que uma coisa destas pudesse acontecer um dia, que ela era má, batia muito na miúda e outras cobras e lagartos. A ser verdade tudo o que disseram da besta, quando é que será que vamos deixar de reger a nossa conduta por regras como "entre o marido e a mulher, ninguém mete a colher" (neste caso, mãe e filha), e começar a denunciar estas situações quando elas ocorrem? Quando é que vamos começar a apresentar queixas à policia quando temos conhecimento de condutas domésticas violentas? Sim, porque isto também é violência doméstica, pois esta não ocorre somente quando o marido bate na mulher.

As pessoas, enquanto cidadãos, têm responsabilidades para com os seus pares e para com a sociedade que têm de começar a assumir. Quantas mais Joanas terão de morrer para que compreendamos isto?

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