Neste país continua-se a tomar decisões judiciais dignas dum qualquer Estado terceiro mundista. Ao fim de mais de 4 anos (só 4 anos) 6 pessoas vão responder em Tribunal pela queda de ponte de Entre-os-Rios. Depois de terem sido constituídos 29 arguidos numa fase de inquérito só foi possível apurar que aquela queda deu-se, no melhor das hipoteses, por factos que devem ser imputados a estes 6 individuos: 4 técnicos da antiga JAE e 2 funcionários da empresa responsável pela vistoria sub-aquática. Até aqui tudo muito giro mas há uma questão que me chama a atenção: então nenhuma destas entidades, JAE e essa tal empresa, ou quaisquer outras que na altura foram arguidos (p.e. areeiros) é responsável? Onde ficam as suas responsabilidades contratuais e civis? Só os funcionários é que pagam?
Não é que eu esteja à espera que um qualquer administrador dessas empresas vá preso por estes factos mas seria relevante, para efeitos de uma eventual indemnização aos lesados, que alguém que lucre com estas actividades e que por força disso têm uma maior capacidade económica, pudesse responder por este acidente.
Isto faz lembrar o caso da criança que, há uns anos, foi electrocutada por ter carregado num botão de um semáforo em Lisboa e quem foi a julgamento foi o coitado electricista da empresa que fazia a manutenção do mesmo. Os anos passaram e as mesmas decisões ridículas continuam a ser tomadas.
Não é que eu esteja à espera que um qualquer administrador dessas empresas vá preso por estes factos mas seria relevante, para efeitos de uma eventual indemnização aos lesados, que alguém que lucre com estas actividades e que por força disso têm uma maior capacidade económica, pudesse responder por este acidente.
Isto faz lembrar o caso da criança que, há uns anos, foi electrocutada por ter carregado num botão de um semáforo em Lisboa e quem foi a julgamento foi o coitado electricista da empresa que fazia a manutenção do mesmo. Os anos passaram e as mesmas decisões ridículas continuam a ser tomadas.
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