Fez ontem 25 anos que faleceram Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e todos os ocupantes do Cessna que caiu sobre Camarate na noite de 4 de Dezembro de 1980.
Além da fatalidade em si e da falta que estas pessoas seguramente fizeram ao país nos anos seguintes, faz-me impressão que ainda hoje andemos todos aqui, que nem uns totós, a ser levados nas mais variadas versões que tentam explicar a queda do avião.
Sejamos claros: analisemos os resultados das várias Comissões Parlamentares criadas para analisar esta questão (ignoremos as primeiras cujos interesses seriam outros que não esses), afiram-se os factos que foram dados como provados e a conclusão só pode ser uma: o avião caiu porque deflagrou a bordo um engenho explosivo. Cidadãos anónimos residentes em Camarate testemunharam que o avião já vinha em chamas no ar; alguns corpos tinham fragmentos explosivos nos pés; nunca foi proferido um pedido de “socorro” pelo comandante da aeronave; já para não falar que Lee Rodrigues já confessou, mais do que uma vez, a autoria material do crime. Depois de isto tudo, entre outros motivos que não vou agora descrever mas que recomendo sejam lidos no magnifico livro de investigação de Augusto Cid “Camarate” (versão integral – capa negra – e não uma versão reduzida que já vi com um quinto das paginas), depois de tudo isto, dizia eu, que interesses podem ter aqueles que ainda hoje advogam a tese de acidente. Porque é que a queda do avião tem de ocorrer, necessariamente, por acidente? Se estivermos de consciência tranquila qual é o problema se tiver sido um crime? A não ser que os implicados nesse eventual crime sejam pessoas que à data tinham muita relevância politica e/ou militar.
E é aqui que eu julgo que está a resposta a este dilema que vergonhosamente se mantém. Eu sou daqueles que defende que o “alvo” do atentado seria Adelino Amaro da Costa (então Ministro da Defesa), pois Sá Carneiro e Snu Abecassis só entraram no avião à ultima da hora porque iam para o Porto e apanhavam a boleia. Agora se Amaro da Costa era o “alvo”, qual era o motivo? Analisem-se os dados do Ministério da Defesa naquela altura e verificarão que, apesar da guerra colonial já ter acabado há uns anos, a necessidade de armamento continuava a ser a mesma. Para onde iam essas armas? Irão, que se encontrava em guerra com o Iraque e estava sujeito a um bloqueio internacional. Quem lucrava com essas vendas? Não o Estado português porque esse negocio era ilegal, logo, sobrariam algumas pessoas que tinham capacidade para gerir essa operação muito lucrativa. Eram esse que iriam ver as suas negociatas terminar com as diligências que Amaro da Costa encetava no Ministério. Eram esses que iriam perder muito dinheiro. E foram esses que o mandaram matar. Apure-se as suas identidades.
Deixemos de andar a discutir pela enésima vez questões colaterais que mais não fazem do que desviar a atenção sobre o que é efectivamente importante. Descubram-se as motivações e descobrem os instigadores desse crime.
Até esse dia nós, portugueses, continuaremos a ser tratados como uns totós que acreditamos em tudo que nos puserem à frente dos olhos. Tal qual os americanos que acreditam que JFK foi morto por um assassino que agia sozinho e com motivações meramente pessoais.
Além da fatalidade em si e da falta que estas pessoas seguramente fizeram ao país nos anos seguintes, faz-me impressão que ainda hoje andemos todos aqui, que nem uns totós, a ser levados nas mais variadas versões que tentam explicar a queda do avião.
Sejamos claros: analisemos os resultados das várias Comissões Parlamentares criadas para analisar esta questão (ignoremos as primeiras cujos interesses seriam outros que não esses), afiram-se os factos que foram dados como provados e a conclusão só pode ser uma: o avião caiu porque deflagrou a bordo um engenho explosivo. Cidadãos anónimos residentes em Camarate testemunharam que o avião já vinha em chamas no ar; alguns corpos tinham fragmentos explosivos nos pés; nunca foi proferido um pedido de “socorro” pelo comandante da aeronave; já para não falar que Lee Rodrigues já confessou, mais do que uma vez, a autoria material do crime. Depois de isto tudo, entre outros motivos que não vou agora descrever mas que recomendo sejam lidos no magnifico livro de investigação de Augusto Cid “Camarate” (versão integral – capa negra – e não uma versão reduzida que já vi com um quinto das paginas), depois de tudo isto, dizia eu, que interesses podem ter aqueles que ainda hoje advogam a tese de acidente. Porque é que a queda do avião tem de ocorrer, necessariamente, por acidente? Se estivermos de consciência tranquila qual é o problema se tiver sido um crime? A não ser que os implicados nesse eventual crime sejam pessoas que à data tinham muita relevância politica e/ou militar.
E é aqui que eu julgo que está a resposta a este dilema que vergonhosamente se mantém. Eu sou daqueles que defende que o “alvo” do atentado seria Adelino Amaro da Costa (então Ministro da Defesa), pois Sá Carneiro e Snu Abecassis só entraram no avião à ultima da hora porque iam para o Porto e apanhavam a boleia. Agora se Amaro da Costa era o “alvo”, qual era o motivo? Analisem-se os dados do Ministério da Defesa naquela altura e verificarão que, apesar da guerra colonial já ter acabado há uns anos, a necessidade de armamento continuava a ser a mesma. Para onde iam essas armas? Irão, que se encontrava em guerra com o Iraque e estava sujeito a um bloqueio internacional. Quem lucrava com essas vendas? Não o Estado português porque esse negocio era ilegal, logo, sobrariam algumas pessoas que tinham capacidade para gerir essa operação muito lucrativa. Eram esse que iriam ver as suas negociatas terminar com as diligências que Amaro da Costa encetava no Ministério. Eram esses que iriam perder muito dinheiro. E foram esses que o mandaram matar. Apure-se as suas identidades.
Deixemos de andar a discutir pela enésima vez questões colaterais que mais não fazem do que desviar a atenção sobre o que é efectivamente importante. Descubram-se as motivações e descobrem os instigadores desse crime.
Até esse dia nós, portugueses, continuaremos a ser tratados como uns totós que acreditamos em tudo que nos puserem à frente dos olhos. Tal qual os americanos que acreditam que JFK foi morto por um assassino que agia sozinho e com motivações meramente pessoais.
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